27 de junho de 2007

Canção do Bardo sobre a nostalgia da madrugada

na rocha
coberta de líquenes e musgos
nu deixo-me apresar
dos fios de prata
que escorrem do luar

com os dedos
no horizonte adormecido
onde galopa um cavalo vermelho
desenho ainda
as horas do encontro

no manto arremessado
irreverentemente sobre uns arbustos
espreguiça a loucura e a impaciência brinca com as gotas do orvalho

os olhos dela percorrem as estrelas
que inda se vêm penduradas
na montanha pr'além das árvores

o eco das palavras acariciadoras
ainda murmura sobre os músculos
desta carne que pouco a pouco
cedem à vontade
de adormecer

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2 Comentários:

At 28/06/07, 17:01, Blogger Teresa Durães comentou...

um bardo nostálgico não por causa da madrugada mas porque a madrugada aí vem? e lá se vai a amada (da loucura da madrugada) quando as estrelas desaparecerem.

(o bardo está já a morrer? ora então, quem diria? manto arremassado, impaciente e louco, temo que ainda fique cá mais um pouco)

 
At 29/06/07, 16:52, Blogger Maria Carvalhosa comentou...

Mas que belo canto o do bardo! A nostalgia da madrugada provou ser tema muito inspirador. Quero mais cantos, meu bardo! (Isto é só pedir,não?... que descaramento o meu!!!)

Um sorriso e beijos.

 

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