Canção do Bardo sobre a nostalgia da madrugada
na rochacoberta de líquenes e musgos
nu deixo-me apresar
dos fios de prata
que escorrem do luar
com os dedos
no horizonte adormecido
onde galopa um cavalo vermelho
desenho ainda
as horas do encontro
no manto arremessado
irreverentemente sobre uns arbustos
espreguiça a loucura e a impaciência brinca com as gotas do orvalho
os olhos dela percorrem as estrelas
que inda se vêm penduradas
na montanha pr'além das árvores
o eco das palavras acariciadoras
ainda murmura sobre os músculos
desta carne que pouco a pouco
cedem à vontade
de adormecer
Etiquetas: Bardo
2 Comentários:
um bardo nostálgico não por causa da madrugada mas porque a madrugada aí vem? e lá se vai a amada (da loucura da madrugada) quando as estrelas desaparecerem.
(o bardo está já a morrer? ora então, quem diria? manto arremassado, impaciente e louco, temo que ainda fique cá mais um pouco)
Mas que belo canto o do bardo! A nostalgia da madrugada provou ser tema muito inspirador. Quero mais cantos, meu bardo! (Isto é só pedir,não?... que descaramento o meu!!!)
Um sorriso e beijos.
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