26 de setembro de 2007

A propos d'un commentaire à un post de Teresa Duraes

[Esta mensagem foi removida pelo Administrador do blogue]

2 Comentários:

At 26/09/07, 13:34, Blogger Teresa Durães comentou...

(detestto francês, não entendo, a minha mãe, prof de francês, massacrou-me tempo a mais. Essa Teresa Durães é uma metediça... francamente)

o Google deu-me isto em inglês e o meu arranhado francês foi percebendo (à moda Alentejana):

"The greatest weakness of the Thought is to be unable to produce its Desire


It also goes from there for the Word which is driven in its words: But, it owes its effective with the solicitude of its means; until it can violate the secrecy of the coexistence of the alive ones. This violence is always exceeded with oneself: because it is delivered a will which goes beyond its gasoline


It is almost impossible to fix its future. Two directions are driven in ours horizon. One comes near us and sublimates us; the other goes up, behind us and in spite of us, towards the Other, the Paddle of Spring"

- Não li gasolina em lado nenhum ahahahah



Duras tem a capacidade de nos desarmar: de me desarmar. Intimista na escrita. Dizia que não mostrava o que escrevia aos seus amantes; estes eram ciumentos com as suas personagens e nada tinha com o seu eu interno. Sempre achei deliciosa esta parte. Penso que a maioria das pessoas quando conhece o escritor tenta ver o que não está lá (e torna-se uma grande maçada)

No livro "O amante", talvez o que mais gostei, a sua nudez como pessoa pensante(não quero saber se pensou, sentiu, viveu o que escreveu - isso é dela, só dela e ela que viva com os seus fantasmas como todos nós - bom, já morreu, adiante) arrepia.

Infelizmente alguém ficou com o meu livro e não o pude reler...

Admiro a escrita dela - violenta emocionalmente.

Sempre me fascinei por escritores intimistas. Os que meditam, expõem e encaram as hostilidades simplesmente escrevendo. São todos de um pós-guerra qualquer, normalmente. Já perderam o que tinham a perder. Agora para além do inicial deprimido Paul Auster (que se modificou, não devia vender) é difícil encontrar alguém como a Duras, Hess, D.H. Lawrence, Remarque, Mishima, Camus (bom, não diria que este é intimista, adiante). Vasculho a livraria à procura dele(a). Encontro o vazio, o grito do vazio. Não sei se ando na parteleira errada.

Duras, na violência e crueza das suas palavras arrebata. Ficar indiferente à torrente que transborda, na minha opinião, é difícil

Boas leituras!!

 
At 27/09/07, 03:58, Blogger APC comentou...

Onde anda o desejo?... Não onde anda ele no mundo, ou em nós, mas onde aparece no meio das coisas que sentimos, pensamos e dizemos? Algures entre o sentir o pensar, sim... O pensar os sentimentos, claro. E esses - os sentimentos - talvez já de si entre as sensações e o pensamento!? E a palavra... Bem, essa é estrangeira, a menos que os sentidos a entendam. Quantas vezes a sombra, como na Alegoria da Caverna; retrato empobrecido e desviado do fogo que a alimenta. Outras, a vangloriosa força que afirma, confirma e firma. Outras ainda, um diabo, que castra, castiga e mata... E é então que o desejo não fica em lado nenhum. Melhor: talvez na memória, mas apenas, e de novo, mera sombra do que foi. Na palavra ele não fica. Ele enche a palavra que o esvazia.

Desculpa, lembrei-me disto.

E, afinal, eu vinha aqui apenas dizer algo a propos das "palavras à transparência":

Tu não te perdes nas "ligações"; tens densidade. E se os seres simples se tornam transparentes por não saber melhor, já os seres densos são-no porque e quando o querem, tirando partido disso.

Cordial abraço.

 

Enviar um comentário

<< Página inicial