Canção do Bardo sobre a proximidade do sobre-real
acariciado nos dedos suaves da brisaembalado nos seios do mar
o planeta ardente
a embarcação solitária
no mar imenso e calmo
e vago
estremece
silêncio raivoso
sobre ela se abate
apegando-se ao ranger do madeirame
e no infinito
na solidão que endoidece
não há gritos de crianças
não há choros
não há esperanças
. e o deserto cresce!
aqui na areia
que a tarde arrefece
acrescento ao todo
a presença do olhar
Etiquetas: Bardo
4 Comentários:
gostei bastante!
este bardo vai de vento em popa!
Belíssimas trovas. Este bardo é artista de alma e coração. Sinto-me transportar... e até a música consigo ouvir!
Beijo.
Os perfis não dizem assim tanto sobre nós.
Sou uma existencialista. E sou do sexo oposto.
Escrevo porque é a forma que melhor me consigo exprimir, acho... Se bem que como todos temos bons e maus dias também assim há bons e maus textos, mas há que assumi-los... Ou talvez não...
:)
Obrigada pela passagem pelas minhas estórias.
Quanto aos comments desaparecerem, provavelmente não fazes "log in" antes de escreveres... e depois dá asneira... Começa a gravar o texto "just in case" (Ctrl C)
:)
Espero que o bardo ande calmo e sem TA elevada.
:)
Muito bom!!!
... O embalo dessa embarcação solitária a sós com um silêncio raivoso que faz ranger nas entranhas uma solidão-loucura.
Poema que, suavemente, se ressente da dureza de uma sobre-realidade:
O deserto cresce e a tarde arrefece.
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