30 de junho de 2007

Canção do Bardo sobre a proximidade do sobre-real

acariciado nos dedos suaves da brisa
embalado nos seios do mar
o planeta ardente
a embarcação solitária
no mar imenso e calmo
e vago
estremece

silêncio raivoso
sobre ela se abate
apegando-se ao ranger do madeirame

e no infinito
na solidão que endoidece
não há gritos de crianças
não há choros
não há esperanças
. e o deserto cresce!
aqui na areia
que a tarde arrefece
acrescento ao todo
a presença do olhar

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4 Comentários:

At 04/07/07, 18:09, Blogger Teresa Durães comentou...

gostei bastante!

este bardo vai de vento em popa!

 
At 05/07/07, 01:26, Blogger Maria Carvalhosa comentou...

Belíssimas trovas. Este bardo é artista de alma e coração. Sinto-me transportar... e até a música consigo ouvir!

Beijo.

 
At 10/07/07, 23:51, Anonymous Anónimo comentou...

Os perfis não dizem assim tanto sobre nós.

Sou uma existencialista. E sou do sexo oposto.

Escrevo porque é a forma que melhor me consigo exprimir, acho... Se bem que como todos temos bons e maus dias também assim há bons e maus textos, mas há que assumi-los... Ou talvez não...

:)
Obrigada pela passagem pelas minhas estórias.

Quanto aos comments desaparecerem, provavelmente não fazes "log in" antes de escreveres... e depois dá asneira... Começa a gravar o texto "just in case" (Ctrl C)
:)

Espero que o bardo ande calmo e sem TA elevada.
:)

 
At 17/07/07, 17:38, Blogger APC comentou...

Muito bom!!!

... O embalo dessa embarcação solitária a sós com um silêncio raivoso que faz ranger nas entranhas uma solidão-loucura.

Poema que, suavemente, se ressente da dureza de uma sobre-realidade:

O deserto cresce e a tarde arrefece.

 

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